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Olha o Bubu-tan-tan... O Instituto Butantan de São Paulo anunciou a criação da primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19. A expectativa paralisou a imprensa no Brasil. A notícia chega na melhor hora: principalmente após o país atingir mais de 300 mil mortos pela pandemia e ver seus hospitais extremamente lotados.
O Instituto Butantan irá pedir nesta sexta-feira (26/03) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para testes clínicos com a nova vacina contra a Covid-19, chamada de Butanvac. As informações são da Folha de S.Paulo.
O Butantan é o maior produtor de vacinas do país e já fornece a Coronavac, fármaco de origem chinesa mais disponível hoje no Brasil. Segundo o jornal, o novo imunizante foi desenvolvido pelo próprio instituto, que lidera um consórcio internacional do qual ele é o principal produtor —85% da capacidade total de fornecimento da vacina. Se ela funcionar, sairá do órgão do governo paulista.
De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, em entrevista à Folha de S. Paulo, todos os testes devem ser feitos até o fim deste ano, quando será possível disponibilizar 40 milhões de doses prontas da nova vacina. “É uma segunda geração de vacina contra a Covid-19. Pode haver uma análise mais rápida”, disse Covas.
O pedido de autorização à Anvisa se refere às fases 1 e 2 de testes, nas quais são avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, com até 9 mil pessoas, é estipulada a sua eficácia.
Pelo Twitter, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), gravou um vídeo ao lado de Dimas Covas anunciando uma coletiva de imprensa nesta sexta, às 8h00, onde devem fazer o anúncio oficial da Butanvac.
“É um grande avanço da ciência brasileira a serviço da vida”, afirmou o governador paulista, João Doria (PSDB).
Promotor da Coronavac, o tucano pode ter um segundo trunfo político em mãos se a Butanvac for eficaz. Ele é um provável adversário de Bolsonaro na eleição do ano que vem.
Com o início da coletiva, São Paulo anuncia a foto da primeira vacina brasileira:
Segundo Dimas Covas, a produção dessa vacina "2.0" é muito mais barata. Ela incorpora modificações e variações que já estão espalhadas no mundo. Os testes clínicos estão previstos para abril.
Covas também afirmou que a vacina brasileira será capaz de atender países de renda baixa e média. O objetivo é fornecer a vacina brasileira para outras nações, incluindo da África.
Segundo o governador, 400 profissionais trabalharam em torno ao desenvolvimento desta nova vacina. 10% dos brasileiros tem dúvida se vão se vacinar. 4% não querem se vacinar. Doria agradeceu aos 96% dos brasileiros que entendem a situação e querem ter medidas protetivas, assim como a vacina.
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